quarta-feira, 28 de novembro de 2018

MATEUS 9


MATEUS 9


Havendo os gadarenos não desejado Sua presença, Ele novamente cruzou o mar, e foi imediatamente encontrado por outros casos de necessidade humana. Em Mateus 9 nos é mostrado como Ele trouxe libertação para o homem paralítico, a mulher doente, a filha de Jairo, os dois cegos e o homem mudo possuído de um demônio – novamente uma exibição quíntupla do poder do reino que se aproximara pela Sua presença.
No primeiro desses casos, o Senhor afirmou claramente a conexão que existia entre o milagre que Ele realizou para o corpo e a bênção espiritual correspondente; uma facilmente vista, e outra invisível. Em resposta à fé dos homens que levaram o paralítico, o Senhor foi diretamente à raiz do mal e declarou perdão dos pecados. Quando isto foi desafiado, Ele provou o Seu poder para perdoar pelo Seu poder para transformar a condição corporal do homem. Seus críticos não podiam perdoar os pecados nem curar a paralisia. Ele podia fazer as duas coisas. A multidão viu e glorificou a Deus.
Nos versículos 9 a 17, recebemos o incidente referente ao próprio Mateus. A transação registrada no versículo 9 pode quase ser chamada de milagre por qualquer um que esteja ciente do poder de apego exercido pelo dinheiro sobre a mente humana. Mateus estava realmente estabelecido em seu escritório de impostos, engajado na tarefa agradável de receber o dinheiro, quando ele ouviu duas palavras dos lábios de Jesus – “Segue-Me”. O “ME” se tornou tão grande aos olhos dele que o dinheiro perdeu seu lugar, e seu encanto quebrado – uma coisa maravilhosa, de fato! Ele se levantou e seguiu a Jesus.
Foi em sua casa que Jesus sentou-Se à mesa com publicanos e pecadores e Seus discípulos; então agora ele estava desembolsando dinheiro em vez de recebê-lo. Os outros evangelistas dizem-nos isto, embora Mateus, com conveniente simplicidade, não o mencione. Todo o procedimento ultrajou os fariseus, mas isso deu ocasião para a declaração concisa quanto à Sua missão. Os fariseus tinham negligenciado a Palavra do Senhor por meio de Oséias, que Ele preferia o exercício da misericórdia à oferta de sacrifícios cerimoniais – uma palavra que muitos fariseus modernos negligenciam – e eles eram ignorantes da Sua missão aos espiritualmente doentes, ao chamar os pecadores ao arrependimento. Se Ele viesse a chamar “os justos”, os fariseus, sem dúvida, teriam se apresentado em multidões; apenas para cada um deles ser rejeitado, uma vez que “os justos”, de acordo com o padrão Divino, não existem.
A questão levantada pelos discípulos de João levou a uma declaração que complementou isso. Tendo chamado os pecadores ao arrependimento, Ele os ligou a Si mesmo como “os filhos das bodas”, e os conduziu a uma posição de liberdade, em contraste com as observâncias legais. Nos dias vindouros de Sua ausência, haveria outro tipo de jejum. Mas não poderia haver uma mistura verdadeira entre aquilo que Ele recentemente havia trazido e o antigo sistema de leis. O novo vinho do reino deve ser colocado em odres novos. Se a tentativa é feita para restringir a expansiva graça do reino dentro de formas legais, o resultado é desastroso. A graça é perdida e o formalismo do judaísmo é arruinado.
Enquanto Ele falava essas coisas, outros incidentes sobrevieram que em certa medida servem como uma ilustração de Suas palavras. Em Seu caminho para ressuscitar a filha de Jairo, interveio a fé resoluta da mulher com um fluxo de sangue. Ela era uma das pessoas doentes que precisava do Médico. Sua ação de fé suspendeu o programado, mas o que era isso para aqu’Ele que Se deleita em misericórdia e não em sacrifício? Sua fé foi reconhecida e ela foi instantaneamente curada. Então, quando o programa foi retomado e a casa de Jairo alcançada, o curso prescrito e usual foi posto de lado por Jesus. As garrafas do costume judaico foram rapidamente quebradas pelo poder de Sua graça. Ele disse: “Retirai-vos [Dai lugar – KJV], e, de fato, tudo tinha que dar lugar ao poder da vida que Ele empunhava: e a criança morta foi restaurada.
Os clamores dos dois cegos (v. 27) tinham o sotaque da fé. Eles O reconheceram como o prometido Filho de Davi. Ele reconheceu a fé deles e desafiou-a. Eles responderam e afirmaram sua crença em Seu poder. Por isso, neste caso, Ele concedeu a oração, de acordo com a fé deles. Ele sabia que a fé deles era real; e sabemos que assim era, pois os olhos deles se abriram imediatamente. Possamos cada um de nós perguntar a nós mesmo: se meus pedidos forem respondidos de acordo com a minha fé; o que devo, então, conseguir?
O pecado reduziu o homem ao desamparo; não apenas tornou-o espiritualmente doente e morto e cego; mas também mudo para com Deus. Amordaçado pelo diabo, ele não pode falar. Quando o homem, no versículo 32, foi trazido a Jesus, o poder demoníaco que estava na raiz foi tratado. A causa sendo atingida, o efeito desapareceu imediatamente. O homem falou e a multidão ficou maravilhada. Eles nunca tinham visto ou ouvido falar de tais libertações como foram lavradas pelo poder do reino em graça. Somente os fariseus eram insensíveis a isso; e não apenas insensíveis, mas totalmente maus. Incapazes de negar o poder, eles intencionalmente se esquivaram de sua força, atribuindo-a ao próprio diabo.
O capítulo termina com o maravilhoso fato de que a perversa rejeição deles à Sua graça não calou Suas entranhas de compaixão. Ele continuou pregando o evangelho do reino e mostrando seu poder em milagres de cura em todas as cidades e aldeias; e a visão das multidões necessitadas apenas O levou à profunda compaixão – a compaixão do coração de Deus. A multidão não tinha pastor e havia uma grande safra para ser colhida. Ele preparou trabalhadores para enviar ao trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário