domingo, 31 de março de 2019

MATEUS 24


MATEUS 24


Tudo o que temos lido, desde Mateus 21:23, ocorreram nos recintos do templo. Agora, em Mateus 24:1, Jesus parte dali, e os discípulos desejaram chamar Sua atenção para alguns de seus esplêndidos edifícios, e apenas obtiveram d’Ele a previsão de que seria derrubado até aos alicerces. Isso iniciou as investigações deles quanto ao tempo do cumprimento de Suas palavras, que eles conectaram com o fim dos tempos. As primeiras palavras de Sua resposta mostram que Suas predições são para nos avisar e nos antecipar, e não meramente para ministrar à nossa curiosidade, ou mesmo à nossa sede de conhecimento exato. Devemos acautelar a nós mesmos.
Falsos Cristos são preditos juntamente com guerras e rumores de guerras, mas essas coisas não indicam o fim. Haverá fomes, pestes, terremotos, assim como guerras, mas estes são apenas o princípio de dores. Juntamente com estas coisas, haverá a perseguição e martírio dos discípulos, a apostasia de alguns que professam discipulado, o surgimento de falsos profetas, a abundância de iniquidade, e o retrocesso no coração de muitos professos. Numa hora como essa, os verdadeiros serão marcados pela perseverança até o fim, quando a salvação os alcançar. Além disso, todo o tempo Deus manterá o Seu próprio testemunho entre todas as nações, e quando isto for completado, o fim virá.
Três vezes nestes versículos o Senhor fala do “fim”, e em cada caso Ele Se refere ao fim dos tempos, a respeito dos quais os discípulos haviam perguntado. Para Seus verdadeiros discípulos, marcados pela perseverança, o fim trará a salvação. Ele enfatiza isso primeiro, antes de dizer que trará julgamento aos Seus inimigos. Note-se que é “este evangelho do reino”, que deve ser plenamente pregado antes de vir o fim; isto é, o evangelho que o próprio Senhor havia pregado – veja Mateus 4:23, 9:35 – anunciando o reino como estando às portas. O evangelho que pregamos hoje – veja 1 Coríntios 15:1-14 – quanto à sua natureza, não poderia ser declarado antes de Cristo ter morrido.
No tempo do fim, a abominação da desolação, mencionada em Daniel 12:11, deve ser encontrada no lugar santo, e Jerusalém está em questão, como mostra o versículo 16. Evidentemente, haverá novamente um templo com seu lugar santo no tempo do fim, para ser profanado por essa idolatria supremamente abominável. Nesse momento será cumprida a profecia de Mateus 12:43-45: o espírito maligno da idolatria entrará no povo com uma força sete vezes maior, e a massa deles aceitará estar essa abominação no lugar santo – provavelmente “a imagem da besta”, mencionada em Apocalipse 13:14-15. Por causa desta iniquidade extrema, a desolação cairá sobre eles sob o governo de Deus. Então, o estabelecimento dessa abominação será o sinal para os piedosos de que a grande tribulação prevista foi iniciada e que sua segurança está em fugir de Jerusalém e da Judeia, onde a fornalha de aflição terá o seu mais alto calor. O Senhor estava falando com Seus discípulos, que naquele momento eram apenas israelitas piedosos ao redor do Messias na Terra, embora atualmente devessem ser edificados no alicerce da Igreja que estava para ser estabelecida. Portanto, naquele momento eles representavam não a Igreja, mas o remanescente piedoso de Israel, ainda observando cuidadosamente a lei do Sábado (v. 20), e muitos deles localizados na Judeia. Fuga imediata deveria ser a sua conduta. Isso concorda com o que é exposto simbolicamente em Apocalipse 12:6.
A grande tribulação é totalmente sem precedentes e nunca será igualada, muito menos superada. Isto o Senhor declara no versículo 21; e a razão disso é que, como mostra o livro do Apocalipse, este será um tempo de imposição da ira do céu – o derramamento das taças do juízo. Não será apenas um caso de homens afligindo homens, ou uma nação flagelando outras nações, como vemos tão impressionantemente hoje, mas de Deus açoitando as nações enquanto Ele acerta Suas contas com elas. A ira de Deus “se revela do céu” (Rm 1:18 – TB), embora ainda não tenha sido executada, e, no que diz respeito às nações, ela cairá nesse momento. Nações como tais só são encontradas neste mundo; elas não existem além do túmulo, embora os homens que as compõem existam.
Haverá almas eleitas na Terra durante a tribulação e por causa delas esse tempo será abreviado, como o verso 22 nos diz: como fala Romanos 9:28. o Senhor “completará a obra e abreviá-la-á em justiça; porque o Senhor fará breve a obra sobre a Terra” (ARF), e isso para que um remanescente possa ser salvo. Hoje Deus está ministrando misericórdia por meio do evangelho, e Ele tem feito uma obra muito extensa, estendendo-se por até dezenove séculos[1]: quando Ele ministra ira, Ele fará a obra rápido, abreviando-a em justiça. Um breve período de três anos e meio irá cobri-la, como mostram outras escrituras. Assim, a bondade de Deus será manifestada tanto em misericórdia como em ira.
Naquele tempo, o diabo saberá muito bem que a vinda de Cristo está para acontecer; Daí ele procurará confundir o assunto levantando impostores e dotando-os de poderes sobrenaturais, na esperança de enganar os eleitos que esperam por Ele. O versículo 24 indica claramente que nem todos os sinais milagrosos são de Deus. Existem dois tipos – o divino e o diabólico. No tipo divino, há uma manifestação do caráter divino em graça e poder; o tipo diabólico pode muitas vezes ser mais chamativo, surpreendente e atraente para os homens não convertidos. As pessoas de hoje, que têm um desejo ardente pelo milagre, devem ter grande cuidado para não serem enganadas.
A vinda do verdadeiro Cristo de Deus será marcada pela maior publicidade possível, como o raio. Ninguém precisará penetrar em um deserto remoto ou em uma câmara secreta para vê-Lo. Assim como os abutres são encontrados onde quer que estejam as carcaças, Ele também cairá em julgamento onde quer que os homens sejam encontrados se deteriorando na podridão e na epidemia do pecado.
A tribulação será seguida pela ruptura e derrota dos poderes existentes tanto no céu como na Terra, e então o Filho do Homem será manifestado em Sua glória. Duas vezes anteriormente, o Senhor havia falado do “sinal do profeta Jonas” (Mt 12:39-40, 16:4), que era o Filho do Homem três dias no túmulo. Aqui, temos o sinal do Filho do Homem no céu – O sinal de que finalmente Deus está prestes a estabelecer Seus direitos nesta Terra rebelde, e os impõe pelo Homem de Seu propósito e escolha. Que dois grandes sinais são estes! Quem dirá qual deles é maior? Ambos são igualmente grandes em sua época e comandam nossa venerada adoração.
Tendo aparecido em Sua glória, Ele reunirá Seus eleitos, aqueles por quem os dias da tribulação foram abreviados. Esta reunião será realizada por ministração dos anjos e sinalizada pelo grande som de uma trombeta; será o cumprimento da festa das trombetas (Lv 23:24-25), assim como a Páscoa foi cumprida na morte de Cristo, e Pentecostes no dom do Espírito e formação da Igreja. Essa reunião dos eleitos é em vista da bem-aventurança milenar; não há menção de qualquer arrebatamento para o céu, ou mesmo de ressurreição, pois é a reunião de pessoas vivas na Terra. No capítulo 16, o Senhor revelou que Ele iria edificar Sua igreja, mas seu chamado e destino celestiais não haviam sido revelados, portanto o versículo 31 não se refere à Igreja.
Com o versículo 32 começamos uma série de parábolas e declarações. A figueira é uma parábola do judeu; e quando vemos um reavivamento da vida nacional com essas pessoas, devemos saber que o tempo do verão está próximo, mas até que todas as coisas sejam cumpridas e esse momento chegue “esta geração” não passará. O Senhor falou várias vezes desta geração – veja Mateus 11:16, 12:39, 45, 16:4. É uma geração muito antiga e persistente, pois Moisés a denunciou em Deuteronômio 32:5 e 20 – “filhos em quem não há fidelidade”. A geração incrédula enfrentará seu destino quando Jesus vier, mas não antes. Eles avançarão, e as palavras de Cristo permanecerão.
O tempo exato de Seu advento é um segredo conhecido apenas pelo Pai, que reservou todos os tempos e épocas sob Sua própria autoridade (veja Atos 1:7); e porque isto é assim virá como uma surpresa completa ao mundo negligente. Será como nos dias de Noé; homens absortos em seus prazeres até que o julgamento cai sobre eles. Então, uma separação eterna para homens e mulheres ocorrerá. Sofonias 3:11-13 será cumprido; os transgressores serão levados em juízo; as pessoas humildes e pobres que confiam no nome do Senhor serão deixadas para as bênçãos do milênio, e estas são “o remanescente de Israel”.
No versículo 42, vemos novamente como o Senhor trouxe essas realidades proféticas para influenciar a conduta de Seus discípulos. Como não sabiam a hora, deviam ser marcados por vigilância e serviço fiel. O servo a quem governo é confiado deve cumprir sua responsabilidade. Fazendo isso, ele será abençoado e recompensado. Por outro lado, é possível que homens tomem o lugar de servos e, ainda assim, sejam maus. Tais irão ignorar suas responsabilidades e maltratar seus conservos, dizendo em seus corações: “meu Senhor tarde virá”. Esse é sempre o pensamento do mundo. Eles ouvem a profecia e dizem: “visão que este vê é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe” (Ez 12:27). O verdadeiro servo mantém-se em prontidão para a vinda de seu Senhor e cuida diligentemente de Seus interesses enquanto espera.
Os versículos 50-51 mostram que contemplado o “mau servo” percebemos que não é um homem que falhe gravemente porém ainda seja verdadeiro no seu interior, mas um homem que é inteiramente falso. Seu Senhor irá julgá-lo e destinará a sua parte com os hipócritas, porque ele é um hipócrita. Ele será banido sob o julgamento para junto de seus semelhantes. Quando o hipócrita é desmascarado e julgado, há choro e ranger de dentes verdadeiramente.




[1] N. do T.: Frank Binford Hole viveu neste mundo de 1874 a 1964

sábado, 30 de março de 2019

MATEUS 23


MATEUS 23


Este capítulo registra Suas palavras de furor. Em poucos dias a multidão, influenciada por esses homens, estaria bradando por Sua morte. Sua responsabilidade e culpa foram grandemente aumentadas por esse aviso que o Senhor lhes deu quanto ao verdadeiro caráter de seus líderes.
Ele começou por concedendo a eles o lugar que eles reivindicaram como os expoentes da lei de Moisés. Portanto, o povo devia observar e guardar a lei como eles ouviram de seus lábios. No entanto, eles deveriam evitar cuidadosamente tomá-los como exemplos. Suas vidas contradiziam a lei que eles proclamavam. Eles legislaram para os outros sem a menor consciência quanto à sua própria obediência. Isto o Senhor declarou no versículo 4, e é uma ofensa muito comum entre os religiosos professos, que amam dirigir outras pessoas enquanto são permissivos consigo mesmos.
Então, nos versículos 5-12, Ele expôs seu amor de serem vistos e terem preeminência. Tudo era para o olho dos homens. Nas festas – o círculo social, nas sinagogas – o círculo religioso, nos mercados – o círculo de negócios, eles queriam o lugar principal como rabinos e mestres. O discípulo de Cristo deve ser o exato oposto de tudo isso, então vamos trazer isso profundamente ao coração. A derrubada de tais homens é apenas uma questão de tempo. Eles deveriam ser sinalizadores para o reino, mas na verdade eram obstáculos. Eles não entraram e impediram os outros de entrar.
Além disso, usaram sua posição para roubar a pobre e viúva indefesa, encobrindo essa maldade com a ostentação de longas orações; consequentemente eles deveriam receber um julgamento mais severo. Longas orações podem impressionar a multidão, mas não impressionavam o Senhor! Vamos nos lembrar disso e evitá-las nós mesmos. Atrevemo-nos a afirmar que ninguém marcado pelo desejo profundo e realmente consciente da presença de Deus, pode vagar em um labirinto de palavras. Como Eclesiastes 5:2 indica, suas palavras devem ser poucas.
Grande zelo para fazer prosélitos[1] é característico da mente farisaica, e as palavras do Senhor no versículo 15 expõem uma característica notável do mero proselitismo. A reprodução com maior ênfase do caráter dos proselitistas naqueles que são proselitizados. Os fariseus eram filhos do inferno, e seus convertidos eram duas vezes mais filhos do inferno. É por isso que há sempre uma tendência para homens sedutores e malignos piorarem cada vez mais, até que tudo esteja pronto para o julgamento.
Nos versículos 16-22, o Senhor condena seus fantasiosos ensinamentos. As distinções que eles traçam entre o templo e o ouro do templo, entre o altar e a oferta sobre ele, podem fazer com que os distraídos os considerem com admiração, como possuindo mentes muito superiores; na realidade, suas distinções eram puramente imaginárias e apenas uma prova de sua própria cegueira e insensatez. Assim, com outros assuntos; muita meticulosidade sobre pequenas coisas; muita negligência quanto a grandes coisas – seja positivamente, quanto ao que eles observavam, como no verso 23, ou negativamente, quanto ao que eles recusavam, como no versículo 24. De fatos eles eram cegos, e esse tipo de cegueira é muito comum hoje em dia .
Os versículos 25-28 expõem outra característica perniciosa; eles só se preocupavam com a limpeza externa, de modo a parecer bem aos olhos dos homens. Eles não se preocuparam com o interior que era visível aos olhos de Deus. Eles foram os mais cuidadosos quanto à possível contaminação adquirida pelo contato externo; porém os mais descuidados quanto à contaminação que eles mesmos geraram internamente. Como resultado, tornaram-se centros de contaminação e, ao invés de serem contaminados por outros, eles mesmo difundiam a contaminação a outros. Acima de qualquer suspeita, este é o mal mais sutil, do qual bem devemos orar para que possamos ser preservados.
Por último, nos versículos 29-33, o Senhor os acusou de serem os que mataram os profetas de Deus. Eles edificaram os sepulcros para os profetas anteriores, uma vez que a ferroada de suas palavras não era mais sentida, mas eles eram verdadeiramente filhos daqueles que os haviam matado; e, fiel ao princípio do versículo 15, eles se mostrariam duas vezes mais filhos dos matadores; enchendo a medida de pecados de seus pais e terminando sem dúvida na condenação do inferno.
Esta passagem nos fornece a mais terrível denúncia dos lábios de Jesus, da qual temos registro. Ele nunca disse essas coisas a qualquer publicano ou pobre pecador. Essas palavras de furor eram reservadas para os religiosos hipócritas. Ele era cheio de graça e verdade. Graça com verdade Ele estendeu aos pecadores confessos. O holofote da verdade, sem menção da graça, estava reservado para os hipócritas.
Então aconteceu que o sangue de uma longa linhagem de mártires estava à porta daquela geração; e agora, pela última vez, Jerusalém estava tendo a oportunidade de confiar sob as asas de Jeová, que estava entre eles na Pessoa de Jesus. Frequentemente, Ele os teria protegido assim como os Salmos prestam testemunho, e frequentemente Jesus os teria reunido durante Sua jornada entre eles; mas eles não quiseram. Consequentemente, a formosa casa em Jerusalém, outrora reconhecida como de Jeová, foi deserdada. Era apenas a casa deles e estava desolada; e aqu’Ele que a teria enchido estava saindo deles, para não ser mais visto até que dissessem: “Bendito O que vem em nome do Senhor”. Eles não dirão isso, como mostra o Salmo 118, até que chegue “o dia que fez o Senhor”, quando “A Pedra que os edificadores rejeitaram tornou-Se cabeça da esquina”.




[1]  N. do T.: Um prosélito é alguém que saiu de uma religião pagã e aderiu ao judaísmo.

MATEUS 22


MATEUS 22


Mas o Senhor calmamente continuou com o que tinha a dizer-lhes, assim, na abertura deste capítulo, temos a parábola do casamento do filho do rei, que prediz do dia do evangelho que estava prestes a amanhecer. Não há a pergunta: “Que vos parece?” sobre esta parábola, pois ela vai completamente para além dos pensamentos dos homens. Ela também se distingue das outras duas parábolas pelo início: “O reino dos céus é semelhante” ou, mais literalmente, “tornou-se semelhante” (JND). Os homens vêm à jurisdição do céu pela recepção do convite do evangelho, quando a ruptura é completa, como figurado nas outras parábolas. Agora, novamente, vamos ouvir algo novo, assim como aconteceu no capítulo 13.
Nesta parábola o rei não exige nada de ninguém. Ele dá em vez de exigir. Ele também tem um “Filho” em cuja honra Ele faz uma festa de casamento, enviando Seus servos para chamar os homens a virem. Quão habilmente o chamado anuncia a mensagem do evangelho: “Eu tenho preparado... tudo está pronto: vinde às bodas”. Preparado pelo sacrifício de Cristo. Pronto, porque a Sua obra está consumada. Por isso, agora não é “Vai trabalhai”, mas “Vinde”.
Em primeiro lugar, o convite saiu para “os convidados”, um número de pessoas especialmente privilegiadas. Vemos o cumprimento disso nos primeiros capítulos de Atos. Por um curto período de tempo o evangelho foi enviado apenas para os judeus, mas a maioria deles fez pouco caso disso, ocupados com ganhos mundanos, enquanto alguns se opuseram ativamente, perseguindo e matando alguns dos primeiros mensageiros, como visto no caso de Estêvão. Este primeiro estágio terminou com a destruição de Jerusalém, como predito no versículo 7.
Então o convite é estendido como vemos nos versículos 9 e 10. Na parábola de Lucas 14, encontramos um servo, representando sem dúvida o Espírito Santo; aqui muitos servos estão em questão, representando os instrumentos humanos que o Espírito pode usar. Eles vão às encruzilhadas dos caminhos, convidando a todos os que encontram, sejam maus ou bons. O Espírito pode “compelir” os homens a entrar, como em Lucas 14: os servos são instruídos a convidar todos e quaisquer com os quais se depararem. Nem todos irão responder, mas por este meio a festa terá o seu total de convidados completo. O pregador do evangelho não deve se envergonhar com perguntas quanto à graça eletiva de Deus. Ele simplesmente tem que passar a Palavra para todos que encontra; reunindo todos aqueles que respondem, porque Deus tocará o coração dos homens.
A segunda parte da parábola, versículos 11-14, mostra que, como sempre quando se refere à atividade humana, o que não é irreal pode entrar e permanecer por um tempo. Ao não aceitar o vestido de núpcias de casamento, o homem se recusou a honrar o filho do rei. Quando o rei apareceu o homem foi detectado e consignado ao seu verdadeiro lugar nas trevas exteriores. A presença divina irá desmascarar o que não é verdadeiro e desvendar tudo. Vimos isso em Mateus 13, e vamos vê-lo novamente em Mateus 25.
O fato de os fariseus agora estarem ficando desesperados é visto no fato de que eles foram levados a uma aliança com os herodianos, a quem eles abominavam. Sua pergunta quanto ao tributo foi habilmente construída de modo a deixá-Lo em descrédito tanto a César quanto com o povo. Eles começaram com o que pretendiam ser bajulação, mas que era uma sóbria afirmação da verdade. Ele era verdade. Ele ensinou o caminho de Deus em verdade. Ele estava totalmente acima em relação às pessoas dos homens. Pedindo o dinheiro do tributo, Ele lhes mostrou que era evidentemente de César, pois tinha sua imagem sobre ele. Se é de César deve ser entregue a ele; mas então Ele os colocou na presença de Deus. Eles estavam oferecendo a Deus as coisas que eram d’Ele? Essa grande resposta não apenas os surpreendeu, mas também feriu suas consciências de modo que eles foram embora. Jesus havia declarado um grande princípio de ação aplicável a todos nós, desde que estivéssemos sob a jurisdição de qualquer tipo de César. Devemos prestar a César todos os seus direitos, mas as coisas que são de Deus são muito mais altas e mais extensas do que tudo o que é de Cesar.
A questão proposta pelos saduceus foi habilmente projetada com o duplo objeto de embaraçar Jesus e de ridicularizar a crença na ressurreição, que para as suas mentes significava apenas uma restauração da vida em condições normais neste mundo. Sem dúvida, eles tinham certeza de que, em resultado, Jesus ficaria desconcertado e eles mesmos confirmados em sua incredulidade. Mas a resposta do Senhor mostrou que a ressurreição introduz em outro mundo onde prevalecem condições diferentes, e Ele citou Êxodo 3:6, mostrando que nos dias de Moisés, os Patriarcas viviam naquele outro mundo, embora ainda não ressuscitados dos mortos. O fato de que seus espíritos estavam lá garantiu que, finalmente, eles estariam lá em corpos ressuscitados.
Naqueles dias os sacerdotes eram principalmente da seita dos saduceus, e o Senhor não os poupou na exatidão de Sua repreensão. “Errais”, era Sua palavra clara e Ele indicou a fonte do erro deles; eles não conheciam nem as Escrituras, que professavam expor, nem o poder de Deus, a Quem professavam servir. Este duplo erro permeia a toda a incredulidade religiosa moderna. Primeiro, as Escrituras são frequentemente mal citadas e sempre mal compreendidas. Segundo, em suas mentes Deus está tão despojado de Seu poder e glória que dificuldades sem fim são criadas. Deixe Seu poder ser admitido e as dificuldades deixam de existir.
A resposta do Senhor surpreendeu a todos que a ouviram. Evidentemente era tudo novidade para eles, até para os fariseus, os quais nunca conseguiram silenciar os saduceus dessa forma. Ouvindo isso, os fariseus se reuniram, e um deles fez ao Senhor sua pergunta sobre a lei, levantando um ponto que, sem dúvida, frequentemente discutiam entre si. Ele estava pensando sobre os Dez Mandamentos em Êxodo 20, mas o Senhor o levou a Deuteronômio 6:5 e acrescentou Levítico 19:18. A exigência da lei é resumida em uma palavra – amor. Primeiro, amor a Deus; segundo, amor ao próximo. Quando Paulo nos diz: “o amor é, pois, o cumprimento da lei” (Rm 13:10 – TB), ele está apenas afirmando em outras palavras o que Jesus disse aqui (v. 40).
As três parábolas os haviam trazidos face a face com a graça do evangelho; as três perguntas foram respondidas de modo a impressionar o amor, como exigência suprema da lei. A esse amor eles eram estranhos. No entanto, estando ainda reunidos, Jesus propôs a eles Sua grande pergunta: “Que pensais vós do Cristo? De Quem é Filho?” Eles sabiam que Ele era o Filho de Davi, mas por que Davi O chamava de seu Senhor, no Salmo 110, eles não sabiam. A única solução possível desse problema foi dada no primeiro capítulo do nosso evangelho. “Jesus Cristo, Filho de Davi” é “Emanuel, que traduzido é: Deus conosco”. Se a fé uma vez apreende isso, toda a posição é tão clara quanto a luz do Sol. Se isso for recusado como acontece com esses pobres fariseus, tudo é obscuro. Eles estavam nas trevas. Eles não poderiam responder uma palavra sequer, e seu fracasso era tão completo que não ousavam mais questioná-Lo.
No entanto, apesar de eles terem concluído com Ele, o Senhor não havia terminado com eles. Tinha chegado a hora de desmascarar esses hipócritas na presença das multidões, que estavam sob sua influência.

sexta-feira, 29 de março de 2019

MATEUS 21


MATEUS 21

Este capítulo abre com o Senhor Se apresentando a Jerusalém de acordo com a profecia de Zacarias. O Senhor havia falado por meio do profeta, e agora, cerca de cinco séculos depois, a jumenta e seu jumentinho estavam prontos exatamente no momento certo, sob a responsabilidade de alguém que responderia imediatamente à necessidade do Senhor. Mais uma vez o Senhor foi claramente sancionado diante deles como seu Messias e Rei. Ele nasceu da virgem em Belém, foi trazido do Egito, e Se levantou como a grande Luz na Galileia, como os profetas haviam dito. Agora, quando as sessenta e nove semanas de Daniel 9 foram completadas, como Rei, Ele entrou em Sua cidade. Ai! As pessoas ignoravam o fato de que Ele  deveria ser manso, e a salvação que Ele deveria trazer precisava ser compatível com isso, e não baseada em poder vitorioso. Consequentemente, eles tropeçaram naquela pedra de tropeço.
No entanto, por um breve momento, parecia que eles poderiam recebê-lo. O exemplo dos discípulos era contagiante e a multidão honrou-O, saudando-O como o Filho de Davi e como aqu’Ele que vinha em nome do Senhor. Mas a realidade da fé deles foi logo provada, pois ao entrar na cidade a questão foi levantada: “Quem é Este?” A resposta da multidão não demonstrou qualquer fé verdadeira. Eles disseram: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia”. É bem verdade, claro, até onde isso alcançava; mas não foi além do que era óbvio mesmo para aqueles que não tinham fé. Muitos profetas haviam entrado antes disso e Jerusalém os havia matado.
Jesus havia acabado de Se apresentar a eles como Rei; assim, tendo chegado à cidade, foi direto ao templo, o centro da religião deles, e afirmou Seu régio poder ao purifica-lo. Ele havia feito isso no início de Seu ministério, conforme registrado em João 2; Ele fez isso novamente no final. O comércio e o câmbio de dinheiro no templo sem dúvida surgiram dos compreensivos arranjos da lei, que Deuteronômio 14:24-26 registram. Homens ímpios haviam se aproveitado dessa provisão para transformar os recintos do templo em um covil de ladrões. Deus pretendia que Seu templo fosse a casa onde os homens se aproximassem d’Ele com seus pedidos. Seus guardiões o haviam transformado em um lugar onde os homens eram enganados, e assim o nome de Deus era difamado. Destruir ou corromper o templo de Deus é um pecado de tremenda gravidade. 1 Coríntios 3:17 mostra isso, em sua aplicação ao templo atual de Deus.
Tendo expulsado esses homens maus, Jesus dispensou misericórdia às mesmas pessoas que eles teriam mantidas fora. Os cegos e coxos foram proibidos de se aproximarem em Levítico 21:18, e 2 Samuel 5:6-8 registra a sentença de Davi contra eles, dizendo: “Nem cego nem coxo entrará nesta casa”. O grande Filho de Davi tinha agora chegado a Sião e Ele revoga a ação de Davi. O tipo de povo que “a alma de Davi aborrecia” foi amado e abençoado naquele dia. Os mesquinhos cambistas haviam dado uma falsa impressão de Deus de Quem era a casa, e levaram os homens a blasfemarem Seu nome: ao curar os necessitados, Jesus representava corretamente o próprio coração de Deus e, em resultado, havia louvor. Até mesmo os meninos foram encontrados clamando: “Hosana ao filho de Davi!” Eles haviam acompanhado o clamor do mais velhos.
Os próprios líderes religiosos testemunharam Suas maravilhosas obras de poder e graça, e para seu doloroso desagrado, ouviram o clamor dos meninos. Jesus os justificou em sua simplicidade, citando o versículo do Salmo 8 como encontrando um cumprimento neles. O Salmo diz, “ordenaste força [estabeleceste louvor – JND] (ARF), enquanto Ele deu uma aplicação disso dizendo: “o perfeito louvor”, mas em ambos os casos o pensamento é que Deus realiza o que Ele deseja, e recebe o louvor que Ele procura, por meio de coisas pequenas e fracas. Assim é manifestado que a força e o louvor vêm de Si mesmo para Si mesmo. E assim aconteceu aqui. Quando os líderes não só estavam em silêncio, mas se opunham, Deus cuidou de ter um elogio adequado pelos lábios dos meninos.
Naquele momento, porém, a cidade e o templo estavam sob a custódia desses homens incrédulos; assim, Ele deixou eles e a cidade e foi para Betânia pela noite – o lugar onde foi encontrada pelo menos uma família que cria n’Ele e O amava. Voltando na manhã seguinte, Ele pronunciou Sua sentença contra a figueira que não tinha nada além de folhas. Tinha aparência exterior, mas não fruto; e naquela árvore nenhum fruto iria crescer para sempre. Foi totalmente condenada. Imediatamente se secou! A ocorrência foi tão obviamente milagrosa que obrigou a atenção e o comentário dos discípulos.
A resposta do Senhor conduziu seus pensamentos sobre a figueira para “este monte”. A figueira era um símbolo de Israel, mais particularmente da parte da nação que havia retornado do cativeiro e agora estava na terra. Julgados nacionalmente não havia nada neles para Deus e eles foram condenados; e como eles foram tomados como amostras da raça humana, a árvore infrutífera expôs o fato de que a raça de Adão, como homens na carne, é condenada e nunca será encontrado neles qualquer fruto para Deus. Jerusalém e seu templo eram o topo desse “monte”, que simbolizava, acreditamos, todo o sistema judaico. Se tivessem fé, poderiam antecipar o que Deus faria na remoção do monte, para que ele submergisse no mar das nações. A epístola aos Hebreus mostra como o sistema judaico foi posto de lado, e “este monte” foi finalmente lançado ao mar quando Jerusalém foi destruída em 70 d.C.
O que é necessário é fé. Hebreus enfatiza isso, pois nessa epístola está o grande capítulo sobre fé. O sistema de Israel era, afinal de contas, uma sombra das boas coisas que viriam e não a própria imagem das coisas. Era necessário fé para discernir isso, e muitos que creram em Cristo não haviam se livrado das sombras, mesmo quando Hebreus foi escrita. O homem de fé é aquele que penetra nas realidades que Cristo introduziu, e tais pessoas podem orar em confiança de receber o que pedem.
Os líderes religiosos achavam que a chegada de Jesus em Jerusalém e Suas ações maravilhosas eram um desafio à autoridade deles, então eles decidiram agir agressivamente e desafiar a Sua autoridade. Ao fazer isso, iniciaram uma controvérsia, cujo registro continua até o final do capítulo 22. Ela produziu três impressionantes parábolas dos lábios do Senhor, seguidas por três perguntas astutas dos fariseus e herodianos, dos saduceus e de um doutor da lei, respectivamente; e tudo isso foi coroado pela grande pergunta do próprio Senhor que reduziu todos os Seus adversários ao silêncio.
Ao exigirem que Ele mostrasse Sua autoridade, os principais sacerdotes assumiram que tinham competência para mensurar seu valor quando Ele a mostrasse. A resposta do Senhor foi virtualmente isso, que eles provassem a autoridade deles pronunciando-se sobre a questão muito menor da autoridade de João. Ele então submeteria Sua autoridade ao julgamento deles. Isso imediatamente os mergulhou em dificuldades. Se eles endossassem o batismo de João como vindo do céu, eles se condenariam por não terem acreditado nele. Se eles o rejeitassem como sendo apenas dos homens, eles perderiam popularidade com as pessoas que consideravam João um profeta. Essa popularidade era muito prezada a eles, pois “porque prezaram mais a glória que vem dos homens” (Jo 12:43). Eles não diriam que o batismo de João era válido, e eles não ousariam dizer que era inválido, então eles tomaram uma posição de ignorância, dizendo: “não sabemos”. Assim eles destruíram sua própria competência para julgar e perderam qualquer possível posição de protesto quando Jesus Se recusou a revelar Sua autoridade. O poder de Deus que Ele empunhava deu-Lhe ampla autoridade à parte de qualquer outra coisa. Mas eles a recusaram e a atribuíram à energia do diabo, como vimos anteriormente no evangelho.
O Senhor agora tomou a iniciativa com Suas parábolas. A medida que as consideramos, veremos que a primeira diz respeito à resposta a eles como estando sob a lei; a segunda a resposta a eles, sendo testados pela presença do Filho na Terra; a terceira é profética e olha para a resposta que seria de acordo com o evangelho. A ordem divina é observada – a Lei, o Messias, o Evangelho.
Jesus inicia a primeira com as palavras: “Que vos parece?” enquanto Ele apresentava a curta parábola ao julgamento deles e permitiu que eles se condenassem. A parábola dos dois filhos em Lucas 15 é um pouco longa, enquanto aqui temos uma parábola de dois filhos que é bem curta, mas em ambas as mesmas duas classes são retratadas – os líderes religiosos de um lado, os publicanos e pecadores o outro. Aqui, no entanto, encontramos responsabilidade deles sob a lei, enquanto em Lucas 15 é a recepção deles de acordo com a graça do evangelho.
Em várias passagens do Velho Testamento, a figura de uma vinha apresenta Israel sob a lei; então as palavras: “Vai trabalhai hoje na minha vinha”, mais apropriadamente expressam o mandamento de Jeová. Estas palavras são frequentemente citadas como se eles tivessem incitado os Cristãos a servir o seu Senhor no evangelho, mas esse não é o seu significado, se lido em seu contexto. A figura que se aplica a nós é a do trabalho na “seara” e não na “vinha”, como vemos em Mateus 9:38, João 4:35-38 e em outros lugares. A grande palavra sob a lei era: “Fazei isto”, pois colocava os homens para trabalhar; mas pelas obras da lei nenhuma carne foi justificada.
Este fato pode ser visto na parábola, pois nenhum dos dois filhos foi marcado por obediência completa. Um fez profissão leal em palavras, mas totalmente desobedecida. O outro flagrantemente recusou a princípio, mas depois foi levado ao arrependimento e obediência foi o fruto disso. Assim como os principais sacerdotes e anciãos estavam se enganando por sua profissão religiosa, enquanto publicanos e prostitutas se arrependiam e entravam no reino. No versículo 32, o Senhor definitivamente conecta o assunto com o ministério de João Batista. Ele apareceu no final da era da lei, chamando aqueles que falharam em obedecê-la ao arrependimento. Assim, o próprio Senhor conectou a parábola à lei e não ao evangelho.
A parábola do pai de família e sua vinha segue. Ainda é a vinha, notamos; e “a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel” (Is 5:7). Agora, temos não apenas o fracasso deles sob a lei, mas os maus-tratos deles contra todos os profetas pelos quais Deus Se dirigiu à consciência deles e, finalmente, a missão do Filho, que veio como o teste supremo. Os “lavradores” da parábola evidentemente representam os líderes responsáveis de Israel, que agora não apenas repetiram seu fracasso em produzir qualquer fruto para o benefício do “Pai de família”, mas coroaram sua maldade matando o Filho. Eles desejavam toda a herança para si mesmos. Assim o Senhor resumiu a acusação contra Israel sob estes três tópicos: nenhum fruto para Deus; maus tratos aos Seus servos – os profetas; a rejeição e morte do Filho.
Tendo proposto a parábola, Ele novamente disse, com efeito: “Que vos parece?” – submetendo ao julgamento deles o destino que os lavradores mereciam. Seus oponentes, embora tão perspicazes quanto às coisas concernentes a seus próprios interesses, eram insensatos e completamente cegos a tudo quanto à natureza espiritual. Por isso, eles falharam inteiramente em discernir o sentido da parábola e deram uma resposta que predisse o justo destino que viria sobre suas próprias cabeças. Eles achariam a si mesmos em duas palavras: despojados e destruídos.
O Senhor aceitou como correto o veredicto que eles haviam passado sobre si mesmos, citando o Salmo 118:22-23, em corroboração. Ele era a Pedra que eles, os construtores, estavam rejeitando. Ele não Se encaixava no edifício que eles projetaram e O recusaram. Um dia está chegando quando Ele será trazido para ser o fundamento e definir as linhas do edifício que Deus tem em vista; e este evento maravilhoso envolverá a destruição de homens maus e seu falso edifício.
No versículo 43 e no início do versículo 44, temos os efeitos atuais de Sua rejeição. Ele Se torna uma pedra de tropeço para os líderes de Israel e a massa da nação, e em consequência eles são destruídos como um povo. Isso finalmente aconteceu quando Jerusalém foi destruída. O reino de Deus havia sido estabelecido no meio deles por intermédio de Moisés, e agora isso foi definitivamente tirado deles, e deveria ser dado de outra forma a uma “nação” que produzisse seus próprios frutos. Os profetas antigos haviam denunciado o pecado do povo e anunciado que Deus levantaria outra nação para substituí-los, como vemos em escrituras como Deuteronômio 32:21; Isaías 55:5, 65:1, 66:8. Essa nação nascerá “de uma só vez” no início da era milenar; isto é, eles nascerão de novo, e assim terão a natureza que se deleita na vontade de Deus e os capacita a produzir frutos. Nós, Cristãos, antecipamos isso, como vemos em 1 Pedro 2:9. Redimidos e nascidos de novo, fomos chamados das trevas para a maravilhosa luz de Deus, e assim somos capacitados como “uma nação santa” para mostrar as virtudes daqu’Ele que nos chamou. Isto é certamente produzir frutos que O satisfazem.
A última parte do verso 44 refere-se ao que acontecerá aos incrédulos no início do Milênio. As palavras do Senhor parecem uma referência a Daniel 2:34-35 e estabelecem o efeito despedaçador do Segundo Advento sobre os homens, sejam judeus ou gentios. Assim, o ensino desses dois versículos compreende a destruição nacional de Israel como consequência da rejeição de Cristo por eles; a substituição deles por uma nova “nação” e a destruição final de todos os adversários, quando o Senhor Jesus for revelado em fogo flamejante.
Tendo ouvido estas coisas, ocorreu nas tenebrosas mentes dos principais sacerdotes e fariseus que Ele estava falando deles, e que inconscientemente eles estavam condenando a si mesmos. Que choque isso deve ter causado neles! Em sua derrota, eles pensaram em dar-Lhe à morte, e só foram contidos por um momento por medo da opinião pública. No versículo 26, vimos que o temor do povo coloca uma restrição em suas línguas. No versículo 46, o temor do povo coloca uma mão restritiva sobre suas ações.